Na noite desta quarta-feira, 15/06/2017, acontece no Teatro Municipal Miguel Cury em Ourinhos a Terceira Performance de Emparedamento.
Leia Abaixo a historia de como surgiu essa ideia.
A Performance nasceu de uma conversa que aconteceu comigo e um professor particular que tive durante o ensino médio. La conversamos sobre tudo além das aulas de matemática, física e química que ele me dava. Uma das conversas era sobre a sexualidade, já que eu, desde nova, me questionava e via o Amor como sendo livre. Naquele tempo ele me contou que algumas mulheres na Idade Media eram emparedadas vivas quando mantinham relações homossexuais com outras, isso gravou na minha memória e resgatei tal conversa para minha faculdade onde desenvolvi o primeiro emparedamento, sem a presença de cores.
Continuei a pensar sobre isso e me deparei com textos que dizem que mulheres eram emparedadas vivas quando eram consideradas impuras – ou seja, que tivesse tido algum envolvimento sexual com um homem antes do casamento, ou enquanto tivesse se formando para ser “mulheres de Deus”. Tais fatos me fizeram refletir na sexualidade da mulher e o quanto havia privações e castrações naquela época (?). Depois me deparei com um texto onde, homem e mulheres eram emparedados vivos por irem contra o sistema vigente da época.
Então materializo está terceira Performance (Emparedamento) para refletir, não apenas a mulher. Mas na forma como pensamos a nossa voz eo quanto ela pode abrir portas ou castrar o outros
Modelo: Mirele Santina Nunes de Lima
Artista: Julia Cury Carvalho