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Luta antimanicomial e abuso e exploração sexual são temas de evento da Saúde e Assistência Social

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As secretarias de Assistência Social e Saúde promoveram na manhã de quinta-feira (18) um evento no Teatro Municipal em alusão ao dia da Luta Antimanicomial e ao Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Entre outros convidados, compuseram a mesa a Secretária Municipal de Saúde, Cássia Borges, do Secretário Municipal de Assistência Social, Felipe Pereira Ramos e da juíza da Infância e Juventude, Renata Ferreira dos Santos Carvalho.

Em seu discurso, Felipe ressaltou que muitos casos de abuso não são denunciados e que a sociedade deve ser vigilante.

“Que hoje seja um dia de alerta à população para aprender a identificar um caso de abuso ou exploração, a quem recorrer, onde denunciar, para aprimorar cada vez mais os serviços que envolvem este tipo de situação”, declara Felipe, ressaltando que através de pequenas atitudes qualquer um em seu papel de cidadão pode contribuir na formação de uma sociedade melhor.

“A partir do momento que você mostra que não tolera nenhum tipo de violação de abuso de crianças e adolescentes, não tolera piadinhas, comentários preconceituosos ou machistas, a gente está ensinando valores para aqueles aos quais estamos nos relacionando. E isso é uma construção de uma sociedade diferente. Uma sociedade que protege a criança e o adolescente.”

A juíza Renata Carvalho falou sobre o processo de avaliação pós denúncias nos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Ela chamou a atenção sobre a importância da conscientização de todos os envolvidos na rotina de uma criança, seja o

professor, diretor, vice-diretor da escola, para detectar casos de abuso e denunciar ao Conselho Tutelar.

“Muitas vezes não é só a família que não quer denunciar, às vezes a família pode não reconhecer o que está acontecendo dentro de sua casa. Uma pessoa de fora consegue ter um olhar diferenciado. O professor, por exemplo, conhece o comportamento do aluno e quando ele passa a se comportar de outra forma, é o momento de colher elementos de indícios para detectar um abuso. Ás vezes pode não ser aquilo que imaginamos, mas antes dormir com a certeza de que não era nada do que colocar a cabeça no travesseiro e pensar que aquela criança pode neste momento estar sendo abusada”, fala.

A união do poder executivo ao judiciário neste contexto é fundamental para executar o trabalho com mais qualidade. “É um trabalho em rede. Cada segmento tem o seu papel. A notícia do abuso tem que ser levada ao Conselho Tutelar, que fará o encaminhamento, informando a Delegacia de Defesa da Mulher, para investigar um suposto abuso. Cumulativamente, o conselho tutelar conduz a família para atendimento no CREAS onde irá receber suporte psicológico e depois entra o poder judiciário que irá atuar para aplicar a medida de proteção para a criança ou até mesmo a ação criminal contra o agressor”, explica.

MANICÔMIOS – A secretária Cássia abordou em seu discurso a Luta Antimanicomial. Ela ressaltou a importância de se levar os pacientes que fazem tratamento de saúde mental para a rede de atenção básica, reinserindo-os na sociedade respeitando suas limitações e quebrando paradigmas e barreiras construídos pela sociedade.

“O Ministério da Saúde preconiza há muitos anos que esses pacientes sejam atendidos na rede básica. Que ele não seja estigmatizado, tratado em ambulatório específico, mas seja tratado como um cidadão comum, que tem diabetes, que tem hipertensão, que tem comportamento ora infantil. O que o Ministério quer é um olhar ampliado sobre este paciente, trabalhando não somente com ele, mas também com as famílias”, fala.

A secretária ressalta que atendendo a determinação, a partir do dia 1° de junho em Ourinhos, o ambulatório de saúde mental será desativado e todos os funcionários serão recolocados nas unidades básicas para que os atendimentos a esses pacientes sejam feitos como preconiza o Ministério.

 

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